sábado

Quero só o começo...

Quero a paz de não pensar em você, a ausencia de vontade e a tranquilidade do que já é conhecido.
É isso! Quero só o começo das relações. A relação que ainda não é relação.
Uma relação que tem apenas começos... Não quero saber dos finais, quero os começos!
O olhar que é encantamento, a voz que diz em linhas, entrelinhas e sobrelinhas o que pensa.
O pensamento que quer ser ouvido.
Quero a admiração mutua e consistente.
E quero ser irritantemente feliz.
Feliz a ponto de não querer escrever, porque não dói, não incomoda, não faz mal...
Quero a vontade de escrever sem nenhuma dor.
Usar as melhores palavras, as mais bonitas... e pode até ser com dicionário ao lado, pra que não me faltem adjetivos.
Não, mentira!
Quero que faltem adjetivos, mesmo com o dicionário ao lado.
Escrever não pode ser fuga, preciso falar o que penso e pra quem penso, sem que a partir daquele momento me desvendem. Ou pensem que desvendam. Porque eu não sou desvendável assim, tão fácil. Eu não sou na totalidade o que sou no momento e sou assim...